Goleiro que levou 10 gols em jogo histórico do Mundial agora trabalha em farmácia e revela: ‘Vou sofrer com aluguel
Conor Tracey, goleiro do Auckland City, precisou juntar férias e licença não remunerada para jogar o Mundial de Clubes contra gigantes como Bayern de Munique e Boca Juniors. Em entrevista, ele revelou a dura realidade dos atletas semiprofissionais: "99,9% dos jogadores passam por isso".
Foto: Stuart Franklin - FIFA / Getty Images
Conor Tracey, goleiro do Auckland City, precisou juntar férias e licença não remunerada para jogar o Mundial de Clubes contra gigantes como Bayern de Munique e Boca Juniors. Em entrevista, ele revelou a dura realidade dos atletas semiprofissionais: "99,9% dos jogadores passam por isso".
A maior goleada da história do Mundial de Clubes
O Bayern de Munique entrou para a história ao aplicar uma goleada de 10 a 0 sobre o Auckland City, da Nova Zelândia, na primeira fase do Mundial de Clubes 2023. O placar, considerado o mais elástico da competição, chamou atenção não só pelo domínio do time alemão, mas também pela realidade contrastante do adversário.
Enquanto o Bayern conta com astros milionários e estrutura de alto nível, o Auckland City é um time semiprofissional, onde os jogadores precisam conciliar empregos convencionais com o futebol. O goleiro titular Conor Tracey, por exemplo, trabalha em um depósito de farmácia e precisou fazer malabarismos para participar do torneio.
"Vou sofrer com aluguel": Os sacrifícios para jogar no Mundial
Para disputar o Mundial nos Estados Unidos, Tracey teve que negociar com seus empregadores. Em entrevista ao jornal Marca, ele revelou:
"Vou ter que fazer uma combinação de férias anuais com licença sem remuneração. Vou sofrer um pouco com aluguel, contas e essas coisas, mas jogar contra Bayern, Benfica e Boca… vale 100% a pena."
Antes da competição, ele ainda fez horas extras para compensar os dias fora. Em conversa com a ESPN UK, Tracey explicou:
"A licença é sempre um problema, nunca é fácil. Quando entrei para esta empresa, eu disse a eles: 'Se vocês quiserem me contratar, eu adoraria estar aqui, mas o problema é que já me comprometi com o futebol.'"
A realidade de 99,9% dos jogadores: Futebol por amor
Enquanto o mundo acompanha astros como Lionel Messi e Cristiano Ronaldo em contratos milionários, Tracey lembra que a grande maioria dos jogadores vive uma realidade completamente diferente.
"Nós não vemos o sol, realmente, porque estamos no trabalho o dia todo, vamos treinar e depois voltamos [para casa] às 21h, 21h30... Para alguns dos caras que têm família, é muito difícil."
No Auckland City, os atletas priorizam estudos e profissões, e o futebol é mantido graças à paixão pelo esporte. O clube não tem os mesmos recursos dos grandes times, e os investimentos são direcionados principalmente para:
Viagens para jogos
Manutenção da equipe técnica (staff)
Projetos sociais em benefício da comunidade
O jogo contra o Bayern e a lição de humildade
A partida contra o Bayern de Munique foi um verdadeiro testemunho da desigualdade no futebol mundial. Enquanto os alemães dominaram com passes precisos e finalizações implacáveis, o Auckland City lutou para conter o ímpeto adversário.
Tracey, mesmo sofrendo dez gols, manteve a postura profissional e ainda brilhou em algumas defesas, evitando um placar ainda mais pesado. Após o jogo, ele recebeu elogios pela coragem de enfrentar um dos melhores times do mundo em condições tão desiguais.
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O sonho que vale mais que o dinheiro
Apesar das dificuldades, Tracey não se arrepende. Para ele, a oportunidade de jogar contra lendas como Robert Lewandowski e Thomas Müller não tem preço.
"Muita gente acha que jogador só vive de luxo, mas a verdade é que a maioria de nós faz isso por amor. Ver um estádio lotado, enfrentar os melhores… isso não se paga."
Sua história viralizou nas redes sociais, com torcedores elogiando sua determinação e humildade. Enquanto muitos atletas reclamam de pequenos detalhes em seus contratos milionários, Tracey representa a essência do futebol: paixão, sacrifício e superação.
Conclusão: Um herói fora dos holofotes
A trajetória de Conor Tracey é um lembrete de que o futebol vai muito além do dinheiro. Enquanto o esporte se torna cada vez mais comercial, jogadores como ele mostram que a verdadeira grandeza está na persistência e no amor pelo jogo.
E você, o que acha dessa história? Vale a pena abrir mão de salários e conforto por um sonho? Deixe sua opinião nos comentários!
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